O fator semiótico na construção do signo marcário é a tese de Denis Borges Barbosa

A tese revolucionária “O Fator Semiológico na Construção do Signo Marcário”, de Denis Borges Barbosa, resgatou a marca como elemento essencialmente simbólico, antes mesmo de patrimonial. Ao considerar a marca como signo que distingue e cria valor num mercado competitivo, Barbosa propõe uma visão interdisciplinar que articula linguística, economia e Direito. Sua obra desafia a doutrina tradicional ao revelar como as dimensões semiológicas e econômicas perfuram os limites dos sistemas jurídicos, exigindo um novo equilíbrio entre proteção legal, inovação e interesse público.

A tese do prof. Denis Borges Barbosa foi apresentada ao Programa de Pósgraduação da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito para obtenção do título de Doutor em Direito.

Em sua tese decisiva para o Direito Marcário, o professor Denis Borges Barbosa resgatou a dimensão semiológica da marca, até então negligenciada pela doutrina jurídica. Partindo do pressuposto de que a marca é, antes de tudo, um signo, ele demonstra como esse elemento simbólico atua em um mercado competitivo, distinguindo produtos e, gradualmente, gerando valor imaterial numa economia cada vez mais pautada por signos.

Barbosa evidencia que o valor econômico da marca não se esgota em sua materialidade; ao contrário, é justamente alavancado pelos predicados da propriedade conferida pelo sistema jurídico. Essa interação entre linguagem e economia atravessa os marcos legais – sobretudo de tradição romanística – e desafia fronteiras normativas, exigindo um equilíbrio tênue entre liberdade de uso, proteção ao consumidor e estímulo à inovação.

Ao analisar as inter-relações entre eficácia simbólica e impacto econômico, o autor revela a necessidade de compensar as configurações de proteção legal, superando as visões patrimoniais. Sua abordagem semiótica, inovadora e interdisciplinar, propõe um novo entendimento do signo marcário, capaz de orientar futuras reformas legislativas e decisões judiciais, colocando o Brasil na vanguarda do debate global sobre propriedade intelectual.

RESUMO

A marca é um signo. Esse simples fato parece ter sido negligenciado pela doutrina jurídica na elaboração da história relativamente longa do instituto.

A marca é um signo num ambiente competitivo. Ela existe como um meio de distintividade diferencial, para designar – primeiramente – os bens em competição, e, a seu tempo, para criar bens numa economia que é mais e mais simbólica. As complexas inter-relações entre sua eficácia simbólica e seu impacto econômico merecem uma análise atenta.

A marca é um signo num ambiente competitivo, cujo valor é realçado pelo sistema jurídico com os predicados da propriedade. A natureza complexa dos ajustes da marca aos sistemas constitucional e legal se faz de forma muito singular.

Esta tese indica o entrelaçamento de um sistema jurídico de tradição romanística com a natureza competitiva e semiológica da marca.

A marca é um signo num ambiente competitivo, cujo valor é realçado pelo sistema jurídico com os predicados da propriedade, embora sua natureza econômica e semiológica desafie essa contenção a sistemas jurídicos individuais. A economia e a linguagem perfuram as fronteiras jurídicas e conduzem a um balanceamento difícil e certamente instável.

Esse é o tema dessa tese.

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fator_semiologico_no_signo_marcario

 

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