Denis Borges Barbosa: Legado vivo no Direito e nos Seminários do GEDAI

Em Memória de Denis Borges Barbosa: Uma luz que continua a guiar

Hoje, 2 de abril, o coração da comunidade jurídica e acadêmica se inclina em reverência e afeto ao lembrar da partida de Denis Borges Barbosa no ano de 2016, um jurista cuja mente brilhante e generosidade intelectual deixaram marcas profundas no Direito da Propriedade Intelectual. Nove anos já se passaram desde que seu físico nos faltou, mas sua presença permanece viva em cada página de sua obra, em cada debate que inspira, em cada discípulo que ele formou com seu olhar aguçado e seu coração aberto.

Neste mês de abril, os seminários do Grupo de Estudos de Direito Autoral e Industrial GEDAI/UFPR vinculado ao PPGD/UFPR serão também um espaço de reencontro com Denis Borges Barbosa – pois suas obras, serão revisitadas para compreensão dos desafios para o Direito da Propriedade Intelectual diante das novas Tecnologias de Inteligência Artificial. E assim, nos lembrarão que grandes mestres nunca partem, apenas se transformam em legado eterno.

Denis não foi apenas um professor ou um pesquisador; foi um farol. Sua capacidade de enxergar além dos textos legais, de conectar saberes e de compartilhar conhecimento sem reservas fez dele uma figura rara — um verdadeiro mestre no sentido mais nobre da palavra. A obra coletiva organizada em sua homenagem, “Estudos de Propriedade Intelectual”, é prova disso: juristas de diferentes latitudes se uniram para celebrar seu legado, transformando saudade em diálogo permanente. Esse livro, aberto a todos, é um convite para que novas gerações descubram não apenas suas ideias, mas também o espírito que as animava: a crença no Direito como instrumento de justiça e progresso.

Sua ausência é sentida a cada desafio que surge no campo da inovação e da tecnologia, temas que ele tratava com tanta profundidade. Mas sua obra nos lembra que grandes mentes nunca morrem de verdade — elas se transmutam em referências, em sementes que florescem em outros pensares. Denis continua conosco nas discussões que provocou, nas políticas públicas que ajudou a moldar e, sobretudo, naquilo que mais prezava: o compartilhamento do saber como ato de amor ao próximo.

Hoje, honramos sua memória não com luto, mas com gratidão. Gratidão por ter caminhado entre nós, por ter ensinado sem egoísmo, por ter escrito não para monumentos, mas para pessoas. Que seu exemplo continue a nos inspirar a estudar, a debater e, acima de tudo, a doar conhecimento — como ele tão bem fez.

Até sempre, querido mestre. Sua luz ainda nos guia.

2 Comentários

  1. Flavio de Campos

    Dênis namorava Danusia, futura mãe dos filhos dele. No quarto da minha casa, Danusia, uma colega e eu lutávamos, já fazia meia hora, contra um paradoxo no qual tínhamos nos metido, na elaboração de um trabalho sobre retórica do Jornal do Brasil. Sim, éramos da Faculdade de Letras e Dênis, da de Direito. Na hora que supúnhamos estar livres, Dênis chegou para buscar Danusia, narramos nosso desespero e Dênis resolveu o paradoxo em segundos. Afora sua inteligência, Dênis reunia doçura, generosidade, talento musical, muita leitura – chiii, a lista é longa. Durante mais de 40 anos, Dênis foi um anjo na minha vida e na de muita gente. E penso nos filhos dele: junto com admiração e amor imensos, devem sentir saudade de igual tamanho. Mas é a tal coisa: só tem saudade quem teve.

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  2. MARIA CHRISTINA DE MOTTA MAIA

    Assino embaixo de tudo o que foi dito. Além de todas essas propriedades e méritos, era um grande amigo como poucos sabem ser.
    Sinto-me privilegiada de tê-lo tido como tal e de ter podido privar frequentemente de sua convivência.
    Ficaram a saudade e a luz com que iluminou todos à sua volta.

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